Setembro amarelo: saúde mental é assunto sério no chão de fábrica

Falar sobre saúde mental no trabalho ainda é um tabu em muitos lugares. Mas no chão de fábrica, onde a rotina é marcada por metas intensas, barulho constante, jornadas prolongadas e condições muitas vezes desgastantes, o tema se torna ainda mais urgente. O Setembro Amarelo é um convite para refletir sobre isso: cuidar da saúde mental não é apenas responsabilidade individual, mas também coletiva e das empresas.

Pressão e riscos no ambiente de trabalho

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), fatores como sobrecarga, falta de pausas, assédio e insegurança no ambiente laboral estão entre os principais gatilhos de sofrimento mental. A consequência pode ser o adoecimento de trabalhadores e trabalhadoras, gerando desde ansiedade e depressão até casos mais graves, como o suicídio.

Setembro amarelo não é só individual: é coletivo

Por muito tempo, problemas de saúde mental foram tratados como algo “pessoal”. Porém, cada vez mais se reconhece que o ambiente de trabalho tem papel central no bem-estar. No chão de fábrica, a organização da produção, o respeito aos direitos e a existência (ou não) de canais de escuta podem determinar a diferença entre um ambiente saudável ou nocivo.

Responsabilidade das empresas

Garantir condições dignas de trabalho é uma obrigação das empresas. Isso inclui:

  • prevenir o assédio e a violência no ambiente laboral;
  • cumprir limites de jornada e pausas adequadas;
  • oferecer ambientes inclusivos, seguros e respeitosos;
  • estimular canais de diálogo e acolhimento.

Além disso, situações abusivas não podem ser naturalizadas. Denunciar práticas que colocam em risco a saúde física e mental é fundamental para transformar o ambiente de trabalho em um espaço mais justo e humano.

O papel do sindicato

O Stiqfepar atua para garantir não só melhores salários e direitos, mas também qualidade de vida no trabalho. Isso significa lutar contra práticas abusivas, exigir condições seguras e dignas, e apoiar trabalhadores e trabalhadoras que enfrentam situações de sofrimento mental. E não apenas no Setembro Amarelo, mas todos os dias.