“Além de ter contribuído para a perda de milhares
de vidas, o descaso e o descontrole com os quais o
governo tratou a pandemia lançaram o Brasil numa das
maiores crises econômicas e sociais de sua história”
O ato das centrais na próxima sexta-feira (7), data
definida há alguns dias, será de “luto e luta”,
afirmam as entidades. Além de protestos e
paralisações pelo país, sindicalistas vão acender
velas e fixar cruzes em lugares públicos. Para
denunciar o descaso do governo diante da pandemia,
cobrar manutenção do auxílio emergencial.
Assim, em alguns locais de trabalho, a ideia é parar
por 100 minutos, em homenagens às vítimas. O número
de mortos em consequência da covid-19 já se aproxima
de 100 mil.
“Há também uma campanha incentivando os brasileiros
a colocarem pano branco nas janelas como forma de
lembrar a situação que atravessamos”, afirmam ainda
as centrais, em nota. “Vale ressaltar que, além de
ter contribuído para a perda de milhares de vidas, o
descaso e o descontrole com os quais o governo
tratou a pandemia lançaram o Brasil numa das maiores
crises econômicas e sociais de toda a sua história,
com a extinção em massa de empregos e de empresas.”
Auxílio e defesa do SUS
Além disso, o objetivo é cobrar do governo a manutenção, pelo menos até dezembro, do auxílio emergencial de R$ 600. “Precisamos dizer em alto e bom som que não sairemos desta crise com Bolsonaro no poder. É fundamental denunciarmos as 100 mil mortes e principalmente pedirmos providências contra este governo que aprofunda a crise por irresponsabilidade, por não ter tomado medidas sanitárias e econômicas adequadas ao enfrentamento da pandemia”, afirma a secretária-geral da CUT, Carmen Foro.
A pauta inclui ainda fortalecimento do Sistema Único
do Saúde (SUS), ampliação das parcelas do
seguro-desemprego, mais equipamentos de proteção
individual e coletivo para as categorias essenciais
e mais créditos para as micros e pequenas empresas.
FGTS
A Força Sindical divulgou nota para protestar contra a intenção do governo de reduzir o desconto mensal do Fundo de Garantia, de 8% para 6%. Para o presidente da central, Miguel Torres, a proposta do ministro Paulo Guedes (Economia) “priva os trabalhadores de uma assistência fundamental no momento da demissão sem justa causa”.
O debate sobre impostos é de outra natureza,
sustenta a entidade, acrescentando que o sistema
tributário é um dos principais responsáveis pela
desigualdade social. Para a correção desta injustiça
histórica, defendemos uma tributação simplificada,
para combater a ineficácia, a sonegação e os custos
das empresas, e, sobretudo, progressiva, que se
baseia na participação proporcional de empresas e
cidadãos. Paga mais quem ganha mais”, acrescenta.
Fonte: Rede Brasil Atual