Entidades saem novamente “em defesa da vida e dos empregos”
Contra os desmandos do governo Jair Bolsonaro, as centrais sindicais brasileiras convocaram, para 7 de agosto, um Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos. Nota assinada por presidentes das entidades e divulgada nesta terça-feira (28) repudia a volta às aulas anunciada por governadores e prefeitos.
O texto também lança propostas – “nossa pauta
emergencial de apoio aos setores mais vulneráveis na
crise” –, além de cobrar equipamentos de proteção
individual e coletivo para os trabalhadores das
categorias essenciais. Confira a íntegra da nota:
NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS
Em reunião por videoconferência, realizada nesta
segunda-feira (27), as Centrais Sindicais
reafirmaram a avaliação de que o governo Bolsonaro
contrariou os especialistas em saúde pública, os
organismos e protocolos internacionais, negou a
pandemia e adotou medidas equivocadas e desastrosas,
que desorganizaram as ações de enfrentamento à
pandemia, colocando o Brasil, tragicamente, na
iminência de atingir 100 mil óbitos ainda em agosto.
Além de ter contribuído para a perda de milhares de
vidas, o descaso e descontrole com os quais o
governo tratou a pandemia lançaram o Brasil na maior
crise econômica e social de toda a sua história, com
a extinção em massa de empregos e de empresas.
Em defesa a vida e dos empregos, as Centrais
Sindicais decidiram:
1- Definir 07 de Agosto como Dia Nacional de Luta em
Defesa da Vida e dos Empregos (programação será
informada até sexta-feira)
2- Repudiar a iniciativa de prefeitos e governadores
que já planejam e até fixaram data para retorno
presencial dos alunos às aulas. Atitude que os
iguala ao genocida Bolsonaro.
3- Exigir das autoridades os equipamentos de
proteção individual e coletivo para os trabalhadores
das categorias essenciais, em especial os da área de
saúde.
4- Reafirmar nossa pauta emergencial de apoio aos
setores mais vulneráveis na crise:
a) manutenção do auxílio emergencial de R$ 600,00,
no mínimo, até 31 de dezembro de 2020;
b) ampliação das parcelas do seguro desemprego;
c) liberação de crédito para as micro e pequenas
empresas;
d) fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde);
e) derrubada pelo Congresso Nacional dos vetos do
presidente da República que impedem a garantia dos
direitos conquistados pelos trabalhadores(as) e seus
sindicatos, por meio da ultratividade, dos acordos e
convenções coletivas de trabalho.
São Paulo, 28 de julho de 2020
Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
Alvaro Egea – Secretário Geral da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
Ubiraci Dantas Oliveira – Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Joaninha de Oliveira – Secretaria Executiva Nacional da CSP – Conlutas
Nilza Pereira de Almeida – Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato – Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze – Presidente – Pública Central do Servidor
Fonte: Portal Vermelho