Para enfrentar governo anti-povo do Paraná e impedir o retrocesso.
A sociedade paranaense já sabe que este governo de Beto Richa não presta! Isso tem expressão em todos os quadrantes do Estado, nas manifestações espontâneas dos mais diversos setores políticos e sociais. Teve início em dezembro de 2014, logo após às eleições quando enfiou goela abaixo dos paranaenses o primeiro pacote de maldades. Aumentou impostos, IPVA 40%, cartórios 33%, itens de consumo popular de 12 para 18%, gasolina de 28 para 29%, taxou os aposentados, antes isentos, retirou direitos dos servidores. Ao todo foram 20 medidas. O povo foi chamado para pagar a conta da incompetência, dos desmandos, da gastança desnaturada do dinheiro público. E tudo com o apoio de uma manada de deputados, corruptos e subservientes.
Incapaz de gerir o Estado, de cumprir seus compromissos, logo no início de 2015, engendra com seus comparsas, mais um pacote de medidas visando extorquir ainda mais a população. Mas desta vez enfrenta pesada resistência, principalmente dos professores e servidores, apoiados pelos movimentos sociais. O objetivo maior era surrupiar os recursos da Paraná Previdência, que sustentava as aposentadorias dos servidores do Estado, para pagar suas despesas. Cerca de R$ 8 bilhões de reais. A resposta foi a invasão da Assembleia Legislativa para impedir a aprovação do projeto.
A LUTA NÃO PÁRA!
Mais de 100 mil professores e servidores em greve, com amplo apoio da população, continuam a luta, contra as medidas do governo, contra as demissões, os atrasos nos salários e benefícios e a falta de estrutura nas escolas, a redução das turmas, enfim incorporam a luta da população com as bandeiras pela melhoria da educação no Paraná. Intransigente, o governo resolve por enfrentar as manifestações pela violência. Ocorre então o que ficou conhecido como o “massacre do centro cívico”.
A Luta Continua, a sanha arrecadadora movimenta até o empresariado contra o aumento dos impostos. A OAB e as Federações Empresariais se mobilizam contra as medidas fiscais de Beto Richa. Isolado, o governo perdeu todos os escrúpulos. Segundo a PR-Pesquisa sua desaprovação que era de 73% no Estado, chega a 83% na capital.
Mas ele não ouve e ignora a contestação popular, prefere continuar o enfrentamento e aprofundar o projeto tucano no Estado, anti-democrático e anti-povo.
Agora quer calar a voz dos professores e ditar o que devem ou não falar para os seus alunos. Numa nova atitude tresloucada, resolve impor a “Lei da Mordaça”. Pretende impedir a livre manifestação da cidadania. O projeto proíbe manifestação dos servidores nas redes sociais, o uso de adesivos em seus carros, usar camisetas, broches e bonés como forma de protesto. Uma excrescência que afronta a constituição federal. Um atentado contra a liberdade de expressão.
Mas a sanha autoritária não pára. Agora volta-se contra a educação do povo. Não podemos nos iludir. O projeto do fechamento das escolas é uma orientação e um programa nacional dos tucanos, que está sendo implementado onde são governo. É a estratégia do retrocesso na educação que passa pela entrega do pré-sal para o capital privado, pelo projeto entreguista de José Serra que pretende quebrar o regime de partilha do nosso petróleo e impedir que o dinheiro vá para a educação como está definido. Querem destruir a elevada proposta da “Pátria Educadora”. Querem impedir o necessário salto civilizatório que precisamos para transformar o país numa nação forte e soberana. Para favorecer as elites rentistas!
A mentira deslavada do Governador Beto Richa de que o fechamento das escolas vai “otimizar a economia do Estado” é falaciosa e não se sustenta. Precisamos é construir mais e mais escolas de qualidade e parar com o superfaturamento que está sendo feito nas obras em construção. O que diz da Operação “Quadro Negro” do Gaeco – Grupo de Autuação e Repressão ao Crime Organizado que apurou desvios da ordem de R$ 30 milhões na construção das novas escolas que afirma estar construindo?
Mas se pensa que o saco de maldades acabou está enganado. Hoje, dia 29 de outubro, as manchetes dos jornais destacam: “Vitrine” de Richa na Área Social deixará de atender 81 mil famílias. A tal vitrine é o bolsa família dele, que vai penalizar toda esta gente. O corte no orçamento dos 7 programas sociais que diz ter, chega a R$ 25,6 milhões.
Basta! Este governo não pode continuar afrontando o povo e ferindo de morte a democracia!
A CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, ao analisar esta realidade perversa, conclama a unidade de todas as forças que compõem a Frente Democrática e Popular do Paraná, à mobilização e à luta, para impedir a continuidade destes desmandos praticados pelo governo do PSDB no Paraná!
O momento exige a constituição de um vigoroso movimento em defesa da democracia, dos interesses do povo e do Estado do Paraná. Urge a unidade das forças democráticas, da intelectualidade, dos movimentos sociais da cidade e do campo, dos estudantes, do movimento sindical, do empresariado progressista, das lideranças políticas e partidos que têm compromisso com o Estado e seu povo.
Fonte: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Secretaria Estadual Paraná
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